Henri Cartier-Bresson, um dos fotógrafos mais significativos do século XX, inclusive intitulado por muitos profissionais como o pai do fotojornalismo, nasceu na cidade de Chanteloup, no distrito de Seine-et-Marne, na França, no dia 22 de agosto de 1908. Ele integrava uma próspera família do ramo têxtil e, quando ainda era um menino, recebeu um presente que marcaria seu futuro profissional, uma máquina fotográfica Box Brownie.
Não demorou muito para que ele ficasse fixado no universo imagético; seu próximo passo foi experimentar uma câmera de filme 35mm. Apaixonado pelo mundo das imagens, ele também praticava a pintura, chegando a cursar artes em um estúdio parisiense; sua importância é tamanha que, no campo da fotografia, ele é visto como Picasso o é nas Artes Plásticas. O fotógrafo foi muito inspirado pela produção fotográfica do húngaro André Kertész; por sua vez, teve também inúmeros discípulos, entre eles Robert Doisneau, Willy Ronis e Edouard Boubat. Ele foi um profissional de alto gabarito no jornalismo, mas se tornou famoso retratando eventos do dia-a-dia no intervalo que se estende de 1930 a 1960. Tecnicamente seus trabalhos não são considerados perfeitos, mas são inegavelmente belos e genuínos. Ao retornar de uma viagem a África, depois de contrair uma enfermidade, Bresson passou pelo município de Marselha e, nesta ocasião, em 1931, ele teve de fato a certeza de que a fotografia seria seu destino, ao contemplar uma foto tirada pelo húngaro Martin Munkacsi, a qual revelava três jovens negros correndo rumo ao mar, no Congo.
Logo depois do final da Segunda Guerra Mundial, em 1947, Bresson criou a famosa agência fotográfica Magnum, em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour. Suas produções, neste momento, se tornam mais requintadas. Ele publica fotos célebres nas revistas Life, Vogue e Harper’s Bazaar, percorrendo, a trabalho destes veículos, boa parte do Planeta.
Passando pelo continente europeu, pela América do Norte, Índia, China, Indonésia, e tantos outros pontos do globo, ele registra imagens únicas da morte de Gandhi, da estruturação da República Popular da China, dos conflitos em nome da autonomia na Indonésia, entre outras tantas.
Bresson é o fotógrafo europeu pioneiro na revelação do cotidiano na União Soviética, em pleno regime comunista, com autorização oficial para tanto, em 1954, depois da morte de Stalin. Cinco anos após este feito ele registra o décimo aniversário da Revolução Popular Chinesa, transitando pelas vias de Pequim.
A partir de 1974 o mestre da fotografia se dedicou ao desenho e ao intuito de mostrar suas obras. Sua produção fotográfica transpira verdade, uma vez que ele acredita que a câmera pode traduzir o mundo real em imagens, flagrando-as em suas manifestações mais espontâneas; daí ele ter uma profunda aversão por fotos artificiais, editadas conforme o desejo de quem foi retratado ou do público consumidor.
Consigo, ele traz somente uma antiga Leica, com uma objetiva de 50mm, e filmes preto& branco, pois não tem afinidade alguma com implementos fotográficos mais intrincados. Bresson cria, em 2000, uma fundação à qual empresta seu nome. Ele morre em dois de agosto de 2004, aos 95 anos, na Provença, em seu país natal. Source: www.infoescola.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário